Sem ajuda do governo, sem plano de saúde, sem sindicato para fazer cafuné, sem escola decente, morando mal, dormindo pouco, às vezes passando fome e frio. Pensou na injustiça?
Agora adiciona à receita: medo de ser deportado, saudade dilacerante da família, sem falar a língua local e completamente perdido sobre como o sistema funciona.
É desse jeito, na raça e no osso, que muito brasileiro vai lá fora, prospera, manda dinheiro para o Brasil, banca escola dos filhos, remédio dos pais, compra casa para a família e ainda consegue juntar para se aposentar.
Tudo isso fugindo de qualquer coisa que lembre “estado” como o diabo foge da cruz. Sem esmola, sem Bolsa Ajuda, sem tapinha nas costas. Só com a cara, a coragem e o resto de dignidade que ainda sobrou.
Aí aparece o iluminado de humanas, de esquerda, batendo palminha para o Bolsa Família, jurando de pés juntos que só o governo tira pobre da miséria. Defende com unhas, dentes seu político de estimação que embolsa R$ 36 mil por mês e ainda acha que empresário que gera emprego é o culpado da pobreza, porque “não paga imposto suficiente”.
E no final das contas, ainda apontam o dedo e dizem que massa de manobra é quem prefere vencer sozinho, sem transformar o governo em sócio e regulador da vida. Vai entender. Ou melhor: nem tente.